Este blog não possui nenhuma afiliação social, empregatícia, financeira ou política a não ser comigo mesmo. As opiniões expressas aqui refletem meu ponto de vista sobre assuntos aleatórios e nada mais. Comentários são mais do que bem vindos, são encorajados, positivos ou não. Até prefiro comentários oposicionistas, afinal um mundo que pensa igual é desprovido de inovação. Portanto, sinta-se em casa. Espero que ler minhas verborréias esporádicas traga-lhe o mesmo prazer que tenho produzindo-as.

[ваκκєr]

P.S. Algumas vezes algo que eu quero expressar não pode ser dito (apenas) com palavras, então vai parar em meu fotolog ao invés de aqui. Confira-o de vez em quando.

domingo, 9 de março de 2008

O mito do horário de verão

A grande maioria das pessoas tem algum problema com o horário de verão. Erroneamente atribuido ao polimata e co-signatário da Declaração da Independência dos Estados Unidos, Benjamin Franklin (mais conhecido como o homem na nota de 100 dólares ou o maluco que empinava pipas em tempestades), o horário de verão foi criado pelo inglês William Willett (tataravô do vocalista do Coldplay, Chris Martin. Ahn?!). A idéia era aproveitar os dias mais longos do verão para economizar energia em iluminação e, com o advento da Primeira Guerra Mundial, acabou sendo adotada na Europa. Estudos ao longo dos anos foram comprovando a eficácia do método, mas com o aumento da inclusão tecnológica os efeitos do horário de verão tem sido revertidos. Na Grã-Bretanha um estudo já defende o uso de um horário de inverno, que diminuiria o consumo energético em 2%. Nos Estados Unidos a demanda de gasolina aumenta em 1% durante o horário de verão, e um estudo conduzido pela UCSB (Universidade da California em Santa Barbara) no estado de Indiana (estado que, graças à uniformização federal imposta pelo governo Bush, adotou em 2006 o DST, como chamam o horário de verão por lá) chegou à conclusão de que o aumento no uso de ar-condicionado no final da tarde e de aquecimento no início da manhã aumenta o consumo energético entre 1% e 4% no horário de verão. O impacto econômico também é enorme. Em 2000 as bolsas-de-valores norte-americanas desvalorizaram 31 bilhões de dólares no dia seguinte à virada. A mudança na lei americana em 2007 teve um custo estimado entre meio e um bilhão de dólares em suporte a reuniões remotas cujos horários tiveram de ser ajustados. A agro-indústria também perde em mão de obra, pois o sol nasce e o orvalho evapora no mesmo horário, não importa o que diga o relógio.
Resta a nós, brasileiros, que dependemos das chuvas de verão para geração de energia, aceitar o fato científico de que o horário de verão AUMENTA o consumo de energia e abolirmos de vez esta aberração cronológica de nossos calendários.

Nenhum comentário: